Surpreendente achado fóssil preserva ataque de dinossauro a mamífero

Em meio às planícies áridas da China, um achado incomum surgiu em 2012. Enterrados sob camadas de solo, jaziam os esqueletos quase completos de dois animais pré-históricos - um pequeno dinossauro herbívoro e um antecessor mamífero carnívoro. Congelados no tempo, os ossos contavam uma história rara de confronto e predação há 125 milhões de anos.

O dinossauro, um Psittacosaurus de aproximadamente 10 quilos, era abundante na Ásia durante o período Cretáceo. Seu corpo robusto e bico turtle-like eram adaptados para mastigar vegetação. O mamífero, um Repenomamus de 3,5 quilos semelhante a um gambá, era um dos maiores de sua época. Com presas afiadas, ele claramente não era herbívoro.

A posição em que jaziam os fósseis contava uma história vívida. O Repenomamus estava agarrado às costelas traseiras do Psittacosaurus, mandíbula fixada como se estivesse em plena refeição. Os pesquisadores concluíram que ele não estava apenas se alimentando de um Psittacosaurus já morto, e sim caçando e matando ativamente a presa.

Interações predatórias como esta raramente são preservadas intactas no registro fóssil. Embora ambas as espécies já fossem conhecidas, este foi o primeiro exemplo de um embate congelado no tempo entre elas. Detalhes do achado foram finalmente publicados em 2022, uma década após a escavação. A região é conhecida por produzir fósseis excepcionalmente bem preservados.

Este fóssil singular lança nova luz sobre as complexas interações entre dinossauros e os primeiros mamíferos que emergiam. Congelou para a posteridade um momento de predação que ecoa através das eras - um instante de confronto no antigo mundo perdido do Cretáceo.

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