Elis não foi a primeira a ser 'trazida de volta à vida', veja outros casos

Recentemente um encontro inesperado despertou a atenção do público. Elis Regina e Maria Rita se apresentaram juntas em um comercial, com o auxílio da inteligência artificial.

Muito foi dito sobre esse reencontro entre mãe e filha. Entre elogios e críticas, é inegável que não é a primeira vez que o mercado publicitário e até mesmo o artístico "ressuscitam" estrelas para suas produções.

No comercial, Elis Regina e Maria Rita interpretam o clássico "Como nossos pais" enquanto dirigem seus carros em um ambiente festivo. Elis faleceu em 1982, quando Maria Rita tinha apenas 4 anos. Para realizar esse encontro no vídeo, a empresa utilizou a técnica de deepfake, que utiliza inteligência artificial para inserir pessoas em vídeos mesmo que elas não tenham participado da gravação original.

No caso desse comercial, a empresa mesclou imagens do rosto de Elis com o de uma dublê, mantendo a música original interpretada pela artista.

Tom Jobim e Vinicius de Moraes

Em outro exemplo, Tom Jobim e Vinicius de Moraes também foram trazidos de volta através de recursos especiais. Em 1991, uma marca de cerveja os trouxe de volta em um comercial, onde eles cantam e brindam juntos. Vinicius faleceu em 1980, mas sua imagem foi refletida no piano que Tom tocava, criando a ilusão de que os dois estavam interagindo.

Audrey Hepburn

Outro caso famoso é o da atriz Audrey Hepburn, que ressurgiu em um comercial de chocolate em 2014, 21 anos após sua morte. A computação gráfica foi utilizada para criar uma versão em 3D da atriz e inseri-la no comercial, enquanto sua voz original foi usada através de uma gravação de "Moon River".

James Dean

Além disso, o cinema também explorou essa técnica. No filme "Finding Jack", os produtores planejam trazer James Dean de volta através da computação gráfica, utilizando imagens gravadas anteriormente pelo ator.

Tupac Shakur

Nos palcos, os hologramas se tornaram populares para trazer artistas de volta à vida. Em 2012, durante o festival Coachella, Tupac Shakur "voltou" em forma de holograma e se apresentou junto com Snoop Dogg e Dr. Dre. A imagem do rapper foi criada com base em sua aparência e movimentos, projetada no chão do palco e refletida em um plástico ao fundo.

Michael Jackson

Michael Jackson também teve uma performance emocionante em forma de holograma no Billboard Music Awards de 2014. O cantor apareceu em um trono e fez uma apresentação marcante de "Slave to the Rhythm", incluindo seu icônico "moonwalk". Todas as imagens foram criadas por tecnologia e o processo de produção levou cinco meses.

Embora algumas tentativas de trazer artistas de volta através de hologramas não tenham sido exibidas conforme o planejado, essa tecnologia continua a ser explorada. É importante mencionar que Robin Williams, antes de seu falecimento em 2014, proibiu o uso de sua imagem pelos próximos 25 anos, mostrando que esse assunto desperta discussões sobre privacidade e direitos póstumos.

No mundo da arte e do entretenimento, a tecnologia tem permitido o ressurgimento de artistas que deixaram saudades, mesmo que de forma virtual. Essas experiências levantam questões sobre ética, autorização e a própria natureza da memória e da nostalgia na sociedade moderna.

 

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