A dicotomia yin-yang é um conceito fundamental na filosofia chinesa, que classifica e ordena o universo. É um elemento importante para entender a língua, cultura e pensamento do país, conforme descrito no capítulo "A dicotomia yin-yang na língua e cultura chinesas" do livro "Transculturalidade, linguagem e integração" (título em tradução livre, o livro não está disponível no Brasil), publicado em 2012.
A Grande Enciclopédia Larousse (disponível no Brasil) também oferece uma definição do yin-yang: "é um conceito baseado na dualidade de tudo o que existe no universo, de acordo com o taoísmo, filosofia em que ele é gerado. Trata-se de duas forças opostas e complementares fundamentais encontradas em todas as coisas".
Os chineses desenvolveram o conceito ao observar fenômenos naturais e classificá-los em categorias opostas e complementares: céu-terra, Sol-Lua, dia-noite, calor-frio, homem-mulher ou cima-baixo. De acordo com a Larousse, "o yin é o princípio feminino, a terra, a escuridão, a passividade e a absorção. O yang é o princípio masculino, o céu, a luz, a atividade e a penetração".
A origem exata da teoria do yin-yang é desconhecida, de acordo com a enciclopédia. No entanto, sabe-se que ele influenciou quase todos os aspectos da cultura ao longo da história, incluindo religião, filosofia, medicina e até caligrafia.
O conceito de yin-yang é geralmente representado pelo diagrama tài jí tú (o desenho da supremacia máxima). Neste diagrama, a parte preta representa o yin e a parte branca representa o yang. As duas são separadas por uma linha sinuosa, que representa o equilíbrio dinâmico entre os dois pólos opostos e a transformação contínua entre eles. Na parte yin, há um ponto branco que representa o yang, e na parte yang há um ponto preto que representa o yin. Isso indica que yin e yang fazem parte um do outro ? os dois são inseparáveis ??e dependentes.